CASAS DE BARROSO

 
AS TIPICAS CASAS DE GRANITO
 
 
As casas de Barroso são em geral uniformemente simples e cinzentas. A sua beleza rústica prevalecia até há algumas dezenas de anos, quando começaram a regressar mais intensamente os emigrados de além-fronteiras, que trouxeram com eles descontracção e vontade de a demonstrar, nomeadamente no estilo inusitado que imprimiram às suas casas. Mas há, além destas, alguma que outra excepção ao estilo tradicional e, se assim se lhe pode chamar, regional.
 

Na vila, em dos mais notáveis casos atípicos e a Casa do Cerrado. Quando o castelo deixou de servir como residência senhorial dominial, no advento da Idade Moderna, os alcaides de Montalegre mudaram-se para um novo paço, construído em sítio mais abrigado das intempéries que o morro do castelo medieval. Esta nova residência, que ficou conhecida como Casa do Cerrado, está em sítio actualmente próximo do centro cívico da vila, em frente ao Tribunal Judicial, à Câmara Municipal e ao edifício da Caixa Geral de Depósitos. É um solar granítico, rodeado, em tempo, de jardins, com traços tradicionais e pretensões senhoriais. 

 

Hoje em dia passa um pouco desapercebido, por estar baixo e pela proximidade de outros edifícios maiores e mais altos. Mais chamativa é a sua monumental portalada de acesso ao pátio, também em granito, onde estão esculpidas, em grandes dimensões, as armas dos senhores da casa.

Quanto a igrejas, em Montalegre há algo, que não muito, a dizer. Somente há algumas dezenas de anos Montalegre foi dotada de uma grande igreja matriz, compatível em grandeza com a terra. A actual igreja principal é um templo grande e moderno, dominado por uma torre sineira, construído em cimento e pintado de branco. Está a leste do núcleo principal da vila, próximo da saída para Boticas.

 

Muito mais antigas, são as duas igrejas da zona medieval da vila. Uma delas, a igreja do castelo, que já foi matriz, está efectivamente muito próxima do castelo. Rodeiam-na muitas e frondosas árvores, que lhe dão um ambiente sereno e pacato de muito recolhimento. Embora seja de origem medieval, a traça actual deve remontar ao século XVII. Nela merece destaque a torre sineira. Tal como em muitas igrejas da região, está separada do corpo principal do templo, ao qual fica fronteira, tendo acesso próprio, pelo exterior. A outra igreja é mais baixa e atarracada. Também tem origem medieval, embora as suas características arquitectónicas actuais revelem alterações muito posteriores. Fica no Largo do Pelourinho.